ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS (ABRI)

INTERNATIONAL STUDIES ASSOCIATION, LATIN AMERICAN AND THE CARIBBEAN REGION (ISA-LAC)

INTERNATIONAL STUDIES ASSOCIATION, DIPLOMATIC STUDIES SECTION (ISA-DPLST)

Desenvolvimento e Diplomacia no Sul Global

SUBMISSÕES EM PORTUGUÊS, ESPANHOL E INGLÊS.

O prazo para submissões é 10 de março de 2025.

O século 21 testemunhou iniciativas crescentes por parte de atores governamentais e não governamentais do Sul Global em negociações, campanhas de advocacia e na circulação de “modelos” em várias áreas relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Essa intensidade foi acompanhada por promessas de reformar a arquitetura e as práticas da política global, a fim de oferecer mais participação, mais transparência e mais justiça social, com base em diagnósticos de que as estruturas de poder atuais na ordem global eram prejudiciais à maior parte da população mundial, localizada no Sul Global. Após mais de duas décadas no século 21, no entanto, essas promessas foram revisitadas e criticadas, à luz de preocupações sobre as limitações para alcançar uma transformação estrutural efetiva da ordem global.

Esta conferência internacional sobre Desenvolvimento e Diplomacia no Sul Global explorará o complexo nexo entre desenvolvimento sustentável, diplomacia internacional e governança global, com foco particular nos desafios e oportunidades únicos enfrentados pelo Sul Global. Engajando-se com as agendas políticas de importantes encontros globais, como a 16ª Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em Cali, Colômbia (outubro de 2024), a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro (novembro de 2024) e a COP 30 sobre Mudança Climática em Belém, Brasil (novembro de 2025), a conferência examinará como esses eventos cruciais moldam e informam estratégias para o desenvolvimento sustentável e a governança global equitativa.

A conferência busca abordar como as nações do Sul Global podem equilibrar o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social, ao mesmo tempo em que participam ativamente e remodelam as estruturas de governança global. Como as iniciativas globais podem ser traduzidas em quadros diplomáticos que promovam a sustentabilidade ambiental, particularmente em regiões onde os imperativos de desenvolvimento frequentemente entram em conflito com a preservação ecológica? Também destacará a importância de uma diplomacia inclusiva, na qual as economias emergentes do Sul Global contribuem para remodelar os modelos de governança global para refletir melhor seus interesses, especialmente em áreas como justiça climática, transferência de tecnologia verde e financiamento para o desenvolvimento sustentável.

Ao alinhar as discussões com o foco do G20 na cooperação econômica, a conferência enfatizará o papel da diplomacia multilateral na promoção da colaboração Sul-Sul e na elevação da voz dos países em desenvolvimento em fóruns globais. A conferência também proporcionará uma oportunidade para elaborar uma visão estratégica para futuros engajamentos, especialmente na preparação para a COP 30, com foco em mecanismos de governança global que garantam que práticas sustentáveis estejam na vanguarda das iniciativas de desenvolvimento.

A conferência, nesse sentido, busca mobilizar a comunidade acadêmica, bem como os profissionais de políticas públicas, para debater, refletir e articular novas vias de pesquisa e advocacy em torno de questões como:

  1. Como os desafios globais atuais, como a mudança climática, a segurança alimentar, as crises de saúde global e de migração, impactaram o Sul Global?
  2. Dada a interdependência entre o Norte e o Sul Global em termos de comércio, investimento, inovação e tecnologia, quais são as oportunidades e desafios para a diplomacia e o desenvolvimento hoje? Como os países do Sul Global têm negociado termos mais favoráveis nessas questões para viabilizar um crescimento econômico sustentável e inclusivo?
  3. Dadas as necessidades e realidades do Sul Global, quais são os desafios e as mudanças estruturais que a governança global, em organismos como a ONU, o FMI e o Banco Mundial, enfrenta para estabelecer um sistema internacional mais justo e equitativo que promova o desenvolvimento global?
  4. Quais contribuições os países do Sul Global têm feito para as reformas em direção a uma ordem global mais favorável às agendas de preservação ambiental, justiça climática e equidade?
  5. Quais são os critérios e mecanismos através dos quais as preocupações expressas pelos países do Sul Global em relação à preservação ambiental, justiça climática e equidade têm encontrado ressonância em fóruns internacionais?
  6. Que lugar as relações Sul-Sul têm ocupado na agenda dos próprios países do Sul Global? Quais contribuições e limites essas agendas implicam nas disputas de poder entre o Norte e o Sul Global?
  7. Além da diplomacia estatal, que outros tipos de diplomacia têm sido relevantes para a construção de agendas alternativas à ordem global e aos padrões de desenvolvimento considerados problemáticos em termos de preservação dos ecossistemas?
  8. Como as tecnologias digitais têm ajudado os países do Sul Global a impulsionar seu desenvolvimento econômico e social e mudado suas ações diplomáticas para participar de maneira mais eficaz em negociações e fóruns internacionais?
  9. Qual é o impacto das recentes mudanças no espectro político global – especialmente, o surgimento da extrema direita – no fortalecimento da agenda ambiental?

As discussões acadêmicas como estas não ocorrerão apenas em um contexto de reconfiguração das práticas na política global: elas também serão realizadas no contexto da celebração do 20º aniversário da ABRI. Co-patrocinada pela Seção de Estudos Diplomáticos e pela Região da América Latina e Caribe da ISA, esta conferência será, portanto, uma oportunidade única para ampliar o trabalho crítico e a circulação de conhecimento de excelência como responsabilidades-chave da comunidade acadêmica de Relações Internacionais – ingredientes indispensáveis em qualquer busca por uma ordem mais justa e atenta ao sensível contexto da crise planetária na qual estamos imersos.

Tipos de Propostas e Submissões

Todas as propostas devem ser enviadas pelo sistema ISAnet.
O prazo para envio é 10 de março de 2025. Se tiver alguma dúvida, entre em contato conosco em DPLST-LAC2025@isanet.org.

  • Artigos
  • Painéis
  • Mesas-redondas
  • Propostas de Programas Especiais (ex.: Oficinas para Início de Carreira)

Os membros da ABRI têm direito a um desconto de 40%, desde que mantenham a associação ativa. Os associados devem entrar em contato com a ABRI pelo e-mail secretaria@abri.org.br para obter o código de desconto para a inscrição na ISAnet.

A inscrição e o pagamento para estudantes de graduação não apresentadores que desejarem participar do congresso serão realizados por meio do site da Enabri. Os interessados em apresentar uma proposta de Iniciação Científica devem enviar seu trabalho e se inscrever pelo sistema ISA.

Os demais que pretendem participar sem apresentar e desejam se inscrever na política de ação afirmativa devem enviar os documentos necessários pelo site da Enabri.

Mais detalhes sobre os prêmios da ABRI estarão disponíveis em https://enabri25.abri.org.br

Chairs do Evento:

  • Asaf Siniver (Chair, ISA-DPLST)
  • Melisa Deciancio (Chair, ISA-LAC)
  • Ana Carolina Teixeira Delgado (Presidente, ABRI)
  • Feliciano de Sá Guimarães (Universidade de São Paulo)
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